Tomando
por base que o planejamento é um dos mais importantes comportamentos de um
profissional, não há dúvidas da necessidade de que as pessoas tenham o domínio
desta competência técnica.
Planejar
garante um aumento expressivo de chances de que o empreendimento obtenha seu
sucesso. Mas não há planejamento perfeito que garanta 100% de certeza neste
sucesso. Assim, quem planeja corretamente, propiciará que a atividade seja mais
eficiente e interessante para todos os envolvidos. Sabe-se que atualmente a
concorrência é extrema, e para manter-se no mercado, ou para ampliar sua
atuação neste mercado, o profissional não tem outra saída, senão utilizar as
técnicas adequadas de planejamento.
Planejamento
é a atividade que deveria anteceder qualquer ação. Nele são estabelecidos os
objetivos, os recursos a serem utilizados e sua maneira de utilização, as
várias etapas e os prazos envolvidos.
Muitas
pessoas não gostam de planejar, porque afirmam que nem sempre o que planejam é
concretizado, então, num raciocínio simplista e errôneo, abandonam o mesmo.
Como foi dito, nenhum planejamento é perfeito que possa garantir 100% de
sucesso nos objetivos, metas e prazos envolvidos. Mas não há dúvidas, de que as
chances de chegar às metas traçadas será muito maior para os que planejam
sistematicamente e com qualidade.
CONCEITO
DE PROJETO E PLANEJAMENTO
Definição
de planejamento
Conforme
comentado acima, a arte de planejar é a reunião de várias atividades que devem
anteceder qualquer ação. Um planejamento é composto de vários planos, como por
exemplo:
· Plano
de Atividades (e metas)
· Plano
de Recursos
· Plano
de Treinamento
· Plano
de Revisões
· Plano
de Relatórios (comunicação/informação)
· Plano
de Contingência
· Plano
de Organização
· Plano
de Conversão (adaptação de metodologia)
· Plano
de Testes
· Plano
de Integração (com outros projetos)
· Plano
de Implantação
· Plano
Financeiro
Definição de projeto
Segundo Ricardo Vianna Vargas, projeto pode ser definido
como:
“Um empreendimento não repetitivo caracterizado por uma sequência
clara e lógica de eventos com início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo
claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros
pré-definidos de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade”.
Também, através do Project Management Institute, a definição
é:
“Uma empreitada temporária, realizada por pessoas, com
recursos limitados e que tem como objetivo criar um produto ou serviço único”.
Assim, um projeto apresenta características que o definem
facilmente: é uma atividade com início, meio e fim, sendo uma previsão a mais
próxima do desejado (se diferencia de uma operação de fabricação, onde os
controles de interferências são mais fáceis de serem conseguidos), apresenta
limitações de tempo e de custos envolvidos, é realizado por pessoas com auxílio
de estrutura ferramental, de equipamentos e máquinas, metodologias e técnicas
de gestão de materiais, de qualidade, de pessoal, etc. Ainda apresenta
parâmetros definidos de controle e avaliação. Um projeto tem característica
única, ou seja, é personalizado, com elevado número de informações novas e
complexas para os responsáveis por sua execução. E por este motivo, deve ter um
planejamento prévio. Alguns exemplos de projetos são:
·
Montagem de uma peça de
teatro
·
Desenvolvimento e
lançamento de um novo produto
·
Modernização de uma
fábrica
·
Realização de um
congresso
·
Construção de um
shopping center
·
Realização de várias
cirurgias em um paciente
·
Reconstrução de uma
cidade após um acidente natural
·
Criação de um programa
de estágio para estudantes
Projetos com sucesso e com fracasso
Projetos de sucesso são aqueles que chegam nos seus
objetivos, dentro do tempo previsto, com a qualidade desejada e sem “estouro”
do orçamento e com a obtenção de satisfação e segurança de todos os envolvidos.
Um projeto de sucesso não ocorre por acaso, obviamente. As
causas são: pessoas competentes nos vários níveis, riscos bem administrados
(eliminados e/ou diminuídos), bem como um planejamento bem realizado. Também se
cita que deve ser estabelecida uma parceria entre o fornecedor e o cliente,
envolvendo-o ativamente em todas as fases. Por outro lado, as causas do
fracasso de um projeto são: objetivos e metas e mal elaboradas (mal definidas
ou superdimensionadas), planejamento com problemas, pessoas sem capacidade de
liderança e sem espírito empreendedor (ou intra-empreendedor), alteração em
muitas variáveis, principalmente na área tecnológica, riscos elevados, falta de
gestão de informação.
Ferramentas para o controle e avaliação da execução de
projetos
Para se efetuar o controle e a avaliação da execução de
projetos, deve-se lançar mão de métodos específicos. Os processos de controle
são a medição e monitoramento do desempenho do projeto. Garantem que os
objetivos do projeto sejam alcançados através do monitoramento e medição
regular do progresso, de modo que ações corretivas possam ser tomadas quando
necessário. Citam-se algumas ferramentas de controle: ordem de serviço, gráfico
de Gantt, cronograma físico-financeiro, rede PERT e diário de obra.
Ciclo de Vida do Projeto
O ciclo de vida de um projeto pode ser dividido em 5 etapas
ou fases: inicialização, planejamento, execução, controle e conclusão (ou
encerramento). Para cada fase podemos destacar diferentes atividades, tarefas,
habilidades e condições requeridas para o bom andamento do projeto.
·
Fase 1: Inicialização
·
Fase 2: Planejamento
·
Fase 3: Execução
·
Fase 4: Controle e
·
Fase 5: Conclusão
O Ciclo de Vida de um projeto contempla quatro fases, a
saber:
Identificar Desenvolver e Executar o projeto Concluir o uma propor uma projeto necessidade solução.
·
Primeira fase:
identificação de uma necessidade
Identificação de uma necessidade, problema ou oportunidade e
pode resultar na solicitação de propostas pelo cliente a pessoas, uma equipe de
projeto ou organização/fornecedores.
·
Segunda fase:
desenvolver e propor uma solução
Consiste em entregar ao cliente uma proposta de solução,
mediante benefícios, como o pagamento pelo cliente a este fornecedor. No caso
que a proposta seja aceita pelo cliente, é assinado um contrato (acordo).
·
Terceira fase: executar
o projeto
Corresponde à implementação da solução proposta para a
contratada. É conhecida esta fase como a execução. A execução termina, quando,
por exemplo, um protótipo foi desenvolvido, seus testes de funcionamento foram
executados, manuais de operação (de um equipamento) foram escritos e podem
também nesta fase estarem envolvidas outras atividades como elaboração do site
(da empresa ou do produto), manuais de manutenção, etc.
·
Quarta fase: concluir o
projeto
Nesta fase é feita uma confirmação de que todos os itens,
serviços e produtos foram fornecidos e aceitos pelo cliente, as parcelas
recebidas e as faturas pagas. Também nesta fase, o fornecedor do projeto faz
uma avaliação de aprendizagem do que poderia ter sido melhor executado, visando
à melhoria da performance para outros projetos futuros. O feedback ocorrerá não
só com o cliente, mas com a equipe interna da empresa. A documentação final do
projeto também pode ser executada nesta fase (encerramento).
A GESTÃO DE PROJETOS
Um dos fatores críticos de sucesso de um projeto é que seja
conduzido por um competente “gerente de projetos” ou “gestor de projetos”. Além
do gerente, a equipe também deve ser qualificadamente escolhida, com suas
competências e experiências afinadas com a proposta ou problema a ser tratado.
O gestor de projetos traz um aporte de liderança à equipe, conduzindo-a com
serenidade, porém, também com precisão na atribuição de responsabilidades e sua
respectiva cobrança de resultados. Para se atingir os objetivos do projeto em
todas as suas fases, no prazo determinado, com os custos estimados e no escopo
definido, o gerente lançará mão de todas suas características pessoais para
exercer na equipe o avanço no desenvolvimento e na obtenção das metas.
Para se alcançar o sucesso de um projeto, várias estruturas
são usadas para organizar as pessoas, mas sempre a comunicação entre as pessoas
da equipe deverá ser muito eficiente e a hierarquia do projeto deverá ser
respeitada.
Uma das características muito necessárias em um gerente é a
capacidade de solução de conflitos interpessoais, bem como dominar a arte da
negociação.
As responsabilidades de um gestor de projetos é certificar-se
de que o cliente está satisfeito, através da sua capacidade, também, de liderar
o planejamento, a organização e o controle de todas as atividades. Numa
orquestra o gestor de projetos é o maestro, num time de futebol, é o técnico. Portanto,
é o condutor do processo em forma de liderança e constante persuasão, mantendo
o grupo (equipe) coeso e focado nos resultados do projeto.
Aptidões do gestor de projetos
O gestor de um projeto é o elemento-chave para o sucesso de
um empreendimento e deve ter, portanto, as seguintes aptidões:
·
Capacidade de liderança
·
Capacidade de
desenvolver pessoas
·
Habilidades de comunicação
·
Habilidades
interpessoais
·
Capacidade de lidar com
o stresse
·
Capacidade de resolver
problemas
·
Capacidade de gerir o
tempo
Como visto acima, um gestor de projetos é uma pessoa eclética
e adiante nesta apostila será abordado equipe, liderança, conflitos e
negociações, como tema complementar.
METODOLOGIAS DE PLANEJAMENTO DE PROJETOS
Uma metodologia de planejamento de projetos é uma abordagem
estruturada usada para guiar a equipe do projeto durante o desenvolvimento do
plano. Ela pode ser simples como formulários padrões e modelos (papel
eletrônico, formal ou informal) ou tão complexa como uma série de simulações
requeridas (por exemplo, análise de risco de prazos utilizando a técnica de
Monte Carlo). A maioria das metodologias de
planejamento de projetos fazem uso da combinação de
ferramentas como software de gerência de projetos, e outras como reuniões
facilitadoras de início de projeto.
Diferentes técnicas de planejamento
·
Work Breakdown
Structure - WBS
Em portugês, Estrutura Analítica do Projeto – EAP. O WBS pode
ser representado graficamente e/ou analiticamente por uma codificação
inteligente das atividades.
·
Organograma Linear
No organograma linear (linear chart), as relações entre uma
atividade/decisão e uma área/função/cargo estão muito explícitas. Sua utilidade
como ferramenta de planejamento num projeto é determinar a participação e a
responsabilidade dos principais envolvidos em cada atividade. É muito indicado
no caso de necessidade de detalhar a responsabilidade de cada participante.
·
Modelos de Estimativa
As estimativas de esforço e duração do projeto estão
diretamente associadas ao custo. Uma das maneiras de se realizar essas
estimativas é utilizar o tamanho do software como variável condicionante da
duração e do esforço (custo) do projeto. Seus críticos argumentam que esse
método é uma ponderação quase que arbitrária de várias características do
software e não o caracteriza como um todo.
·
Gráfico de Gantt
É um cronograma , onde cada barra representa o período de
execução de uma atividade. Seu grande apelo é a facilidade de leitura e
interpretação. Contudo, ele não considera formalmente as relações de
precedência entre as atividades e nem a limitação de recursos. Por isso, a
habilidade do gerente é essencial para o resultado. É recomendado para projetos
de baixa complexidade.
·
Programação por Marcos
- Milestones
Em situações de grande incerteza, onde nem as atividades
foram ainda identificadas, fato bastante comum nas fases iniciais do projeto, é
recomendada a programação do projeto com base em marcos (milestones). Eles
determinam o ponto que deve ser atingido, mas ignoram como. Em resumo, conduzem
a uma programação baseada em resultados.
·
Critical Path Method –
CPM
É relativamente simples e quase sempre apresenta resultados
satisfatórios. Sua estrutura assenta-se na teoria de grafos. Os projetos são
representados através de um grafo (ou rede) e a análise deste grafo permite
programar o projeto com maior facilidade. Através do CPM, podemos determinar:
folgas de cada atividade, atividades críticas, isto é, aquelas que qualquer
tipo de folga implica atraso do projeto. Essas atividades estão sempre sob um
esforço de supervisão maior porque sua duração afeta diretamente a duração do
projeto.
·
Probabilistic Evaluation Review Technique – PERT
A diferença básica entre o PERT e o CPM é que a duração das
atividades no PERT é probabilística, e no CPM é determinística. No PERT, a
duração das atividades é uma variável aleatória com distribuição beta. Para
cada atividade deve-se estimar três durações: duração otimista (A); duração
pessimista (B) e duração mais provável (M). Utilizando-se a média da duração
das atividades, pode-se calcular o caminho crítico. Como as atividades críticas
determinam a duração do projeto, esta será uma variável aleatória normal, cuja
média é a soma das variâncias das durações das atividades críticas.
·
Graphical Evolution and Review Technique – GERT
O Graphical Evolution and Review Technique – GERT surgiu como
uma técnica de análise de redes estocásticas onde: cada atividade possui uma
duração aleatória, representada por uma função densidade de probabilidade;
relações de precedência entre as atividades também é aleatória. Pelas suas
características, o GERT é indicado para situações de média e alta complexidade
e de média incerteza.
·
Percentual Concluído e
Duração Remanescente
Esta é uma das técnicas mais conhecidas. Consiste em estimar
para cada uma das atividades já iniciadas e não concluídas um percentual de
realização. Assim, 50% significa que a metade da tarefa já foi realizada. A
quantificação do percentual concluído de uma atividade supõe a existência de um
critério de medição para a atividade, o que nem sempre é fácil. Desta forma, o
mais cauteloso seria, ao invés de medir o percentual concluído de uma
atividade, trabalhar com a duração remnescente. A duração remanescente, ao se
referir como parcela da atividade ainda não executada, acaba sendo mais útil
para a reprogramação do projeto que o percentual concluído.
·
Status Report
O Status Report é um procedimento que permite a formalização
do estágio de desenvolvimento do projeto em um determinado instante no tempo.
Este tipo de relatório deve ter logo no início, uma identificação do projeto:
seu nome/código, objetivo de custo, prazo e desempenho técnico, escopo, nome do
gerente/coordenador/responsável e pessoal-chave. Pode conter também um breve
histórico do projeto até o momento. Tomadas estas providências, deve descrever
a performance do projeto em custo, prazo e desempenho técnico desde a última
edição do relatório: a evolução do projeto no período, os problemas
encontrados, uma expectativa de performance futura e pode também conter (não
necessariamente) recomendações.
·
Curva S e Análise de
Tendência
É um gráfico que mostra a evolução (percentual concluído) do
projeto no tempo. O projeto começa a ser executado de forma lenta, o ritmo vai
aumentando durante a execução e até se aproximar do término, quando volta a
cair. A data de término do projeto não é afetada pelo fato das atividades serem
iniciadas o mais rápido possível ou o mais tarde possível. A curva S mostra a
região na qual o projeto não está atrasado e nem adiantado em relação à data de
término. Ao fazer o apontamento da execução neste gráfico, pode-se perceber
quando existe uma tendência de atraso antes que ela ocorra. Isso permite a
tomada de ações corretivas para adequar o empreendimento ao ritmo esperado.
·
Valor Adquirido
A técnica de controle Valor Adquirido (Earned Value) permite
comparar o andamento físico do projeto com o andamento financeiro. Imagine um
projeto em desenvolvimento que está atrasado, isto é, o andamento financeiro
físico está abaixo do programado. Se o seu custo acumulado até o momento também
está abaixo do programado, este projeto apresenta de custo também. O Valor
Adquirido ajuda a considerar simultaneamente o aspecto físico e o financeiro.
PADRÕES DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS
A extensão e complexidade de gerenciamento de projetos, nos
últimos anos, fez surgir padrões de gerenciamento, sendo os mais conhecidos:
·
NBR ISO 10006:2006 – Sistemas de gestão da qualidade –
Diretrizes para a gestão da qualidade em empreendimentos
·
PRINCE2 (Projects IN a Controlled Environment) – é um padrão
desenvolvido pelo governo do Reino Unido
·
PMBOK (Project Management Body of
Knowledge) – desenvolvido pela PMI (Project Management Institute)
A seguir, cada um deles será visto, porém a ênfase será dada
ao PMBOK, que é o padrão mais utilizado atualmente no mundo inteiro.
NBR ISO 10006:2006 – SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE –
DIRETRIZES PARA A GESTÃO DA QUALIDADE EM EMPREENDIMENTOS
Para a compreensão total desta norma, recomenda-se a sua
leitura na íntegra, sendo que a mesma pode ser adquirida no site da ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Esta norma pode ser utilizada para empreendimentos, cujos
projetos apresentam complexidades variadas, pequeno ou grande porte, curta ou
longa duração, podendo ainda servir para produto ou processo envolvido. Sempre
será necessária uma avaliação de necessidades complementares, haja vista que a
norma apresenta apenas diretrizes. Ainda as diretrizes podem ser aplicadas a
projetos gerenciados por um indivíduo ou por uma equipe ou para um programa
(grande projeto composto de projetos menores, mas inter-relacionados) ou para
uma carteira de projetos.
(Objetivo da Norma), consta que a ISO 10006 é um documento de
diretrizes, portanto, não deve ser usada para fins de certificação ou registro.
Seu objetivo é criar e manter a qualidade em projetos através de um processo
sistemático que garanta que:
·
As necessidades
explícitas e implícitas dos clientes sejam entendidas e atingidas;
·
As necessidades das
partes interessadas sejam entendidas e avaliadas;
·
As políticas de
qualidade da organização sejam incorporadas no gerenciamento de projetos.
Processo Estratégico
Processo Estratégico: Define a direção do Projeto e gerencia
a realização de outros processos do Projeto.
Processos de Gerenciamento de interdependências
Iniciação do Projeto e desenvolvimento do plano de Projeto:
Avaliação dos requisitos dos clientes e outras partes interessadas, preparando
um plano do Projeto e iniciando outros processos.
Gerenciamento das interações: Gerenciamento das interações
entre os processos durante o Projeto.
Gerenciamento das mudanças: Antecipação a mudanças e
gerenciamento destas ao longo de todos os processos.
Encerramento: Conclusão dos processos e obtenção de
retroalimentação (feedback).
Processos Relacionados ao Escopo
Desenvolvimento conceitual: Definição das linhas gerais sobre
o que o produto do Projeto irá fazer.
Desenvolvimento e controle do escopo: Documentação das
características do produto do Projeto em termos mensuráveis e controle dos
mesmos.
Definição das atividades: Identificação e documentação das
atividades e etapas necessárias para se alcançarem os objetivos do Projeto.
Controle das atividades: Controle do trabalho efetivo
realizado no Projeto.
Processos Relacionados ao Tempo
Planejamento de dependência das atividades: Identificação das
inter-relações, interações lógicas e dependências entre as atividades do
Projeto.
Estimativa de duração: Estimativa da duração de cada
atividade em conexão com atividades específicas e com os recursos necessários.
Desenvolvimento do cronograma: Inter-relação dos objetivos de
prazo do Projeto, para confirmação do cronograma proposto ou para realizar as
ações apropriadas para recuperar atrasos.
Controle do cronograma: Controle da realização das atividades
do Projeto, para confirmação do cronograma proposto ou para realizar as ações
apropriadas para gerar atrasos.
Processos Relacionados ao Custo
Estimativa de custos: Desenvolvimento de uma estimativa de
custos para o projeto. 5.2 Orçamento: Utilização de resultados provenientes da
estimativa de custos para elaboração do orçamento do Projeto.
Controle de custos: Controle de custos e desvios ao orçamento
do Projeto.
Processos Relacionados aos Recursos
Planejamento de recursos: Identificação, estimativa,
cronograma e alocação de todos os recursos principais.
Controle dos recursos: Comparação da utilização real e
planejada de recursos, corrigindo se necessário.
Processos Relacionados ao Pessoal
Definição de estrutura organizacional: Definição de uma
estrutura organizacional para o Projeto, baseada no atendimento às necessidades
de projetos, incluindo a identificação das funções e definindo autoridades e
responsabilidades.
Alocação de equipe: Seleção e nomeação
de pessoal suficiente
com a competência apropriada para atender às necessidades do Projeto.
Desenvolvimento da equipe: Desenvolvimento de habilidades
individuais e coletivas para aperfeiçoar o desempenho do Projeto.
Processos Relacionados à Comunicação
Planejamento da comunicação: Planejamento dos sistemas de
informação e comunicação do Projeto.
Gerenciamento das informações: Tornar disponíveis as
informações necessárias da organização do Projeto aos membros e outras partes
interessadas.
Controle da comunicação: Controle da comunicação de acordo
com o sistema de comunicação planejado.
Processos Relacionados ao Risco
Identificação de riscos: Determinação de riscos do Projeto.
Avaliação de riscos: Avaliação da probabilidade de ocorrência
de eventos de risco e impacto destes sobre o Projeto.
Desenvolvimento de reação ao risco: Desenvolvimento de planos
para reação ao risco.
Controle de riscos: Implementação e atualização dos planos de
risco.
Processos Relacionados aos Suprimentos
Planejamento e controle de suprimentos: Identificação e
controle do que deve ser adquirido e quando.
Documentação dos requisitos: Compilação das condições
comerciais e requisitos técnicos.
Avaliação dos fornecedores: Avaliação e determinação de quais
fornecedores devem ser convidados a fornecer produtos.
Subcontratação: Publicação dos convites à proposta, avaliação
das propostas, negociação, preparação e assinatura de contrato.
Controle de contrato: Garantia de que o desempenho dos
fornecedores atende aos requisito.
PRINCE2 (Projects in a controlled
environment)
PRojects IN Controlled Environments (PRINCE) é um método de
gerência de projetos relativo à gestão, controle e organização de um projeto.
PRINCE2 é uma marca registrada da OGC (Office of Government Commerce) do Reino
Unido.
PRINCE2 foi originalmente desenvolvido pela CCTA (Central
Computer and Telecommunications Agency), agora faz parte do OGC. Desde 1989 tem
sido utilizado como um padrão para gerenciamento de projetos especialmente no
Reino Unido. Este método foi desenvolvido inicialmente apenas para os projectos
TIC, a versão mais recente, PRINCE2, é consistente com a gestão de todos os
tipos de projetos. A última revisão foi publicada em 16 de junho de 2009 pelo
OGC para ser nomeado esta versão como PRINCE2:2009 Refresh.
Certificação
Existem dois tipos de certificados com os exames
correspondentes: PRINCE2 Foundation e PRINCE2 Practitioner.
É um método não proprietário para gerenciamento de projetos,
sendo adaptável a qualquer tipo ou tamanho de projeto e cobre o gerenciamento,
o controle e a organização. Possui as seguintes características: controle e
organização do início ao fim; regula a revisão de progressos baseada nos planos
e no business case; tem pontos de decisão flexíveis; realiza o gerenciamento
efetivo de qualquer desvio do plano; envolve a gerência e as partes
interessadas em momentos-chave durante toda a execução do projeto; e é um bom
canal de comunicação entre o time do projeto e o restante da organização.
Os gerentes de projeto que utilizam o Prince 2 são capazes de
utilizar uma estrutura para delegação, autoridade e comunicação e ter definidos
todos os pontos durante o projeto. Desta forma, todos os riscos serão revistos
e analisados e haverá uma sistemática natural para o gerenciamento de riscos.
A metodologia é baseada em oito processos e 45 subprocessos,
os quais definem as atividades que serão executadas ao longo do ciclo de vida
do projeto. Juntamente com esses, são descritos oito componentes que são como
áreas de conhecimento que devem ser aplicadas de acordo com a necessidade,
dentro das atividades de cada processo.
Apesar de não descrever quais ferramentas e técnicas devem
ser aplicadas, o manual do Prince 2 fornece três técnicas que auxiliam no
planejamento e controle dos projetos.
A divisão dos subprocessos dentro dos oitos processos macros
inclui:
·
Começar um Projeto
(SU)
- Designar uma comissão Executiva e um Gerente do Projeto
(SU1);
- Determinar a equipe do Projeto (habilidades, etc.) (SU2);
- Designar a equipe do Projeto (SU3);
- Preparar um documento do Sumário do Projeto (SU4);
- Definir abordagem do Projeto (SU5);
- Planejar o Estágio Iniciação (SU6)
·
Iniciação do
Projeto (IP)
- Plano de Qualidade (IP1);
- Plano do Projeto (IP2);
- Refinação do Caso de Negócios e Risco (IP3);
- Implementar controles do Projeto (IP4);
- Organizar os arquivos do projeto (IP5);
- Criar um Documento de Iniciação do Projeto DIP (IP6);
·
Direção do Projeto
(DP)
- Autorização Inicial (DP1);
- Autorização do Projeto (DP2);
- Autorização do Estagio ou Plano de Execuções (DP3);
- Fornece direção Informal (Ad-Hoc) (DP4);
- Confirmação do fechamento do Projeto (DP5);
·
Controle de
Estágio (CS)
- Autorização do pacote de trabalho (CS1);
- Avaliação do Progresso (CS2);
- Capturar Incidências problemáticas do projeto (CS3);
- Examinar as Incidências problemáticas do projeto (CS4);
- Revisão de situação (Status) dos Estágios (CS5);
- Reportagem Destacar (CS6);
- Fazer Ação Corretiva (CS7);
- Escalar Incidências Problemáticas do Projeto (CS8);
- Recepção do Pacote de Trabalho Completado (CS9);
·
Gerenciar a
Entrega do Produto (MP)
- Aceitação do Pacote de Trabalho (MP1)
- Executar o Pacote de Trabalho (MP2);
- Entregar o Pacote de Trabalho (MP3);
·
Gerenciar os
Limites do Estágio (SB)
- Planejar o Estágio (SB1);
- Atualização do Plano do Projeto (SB2);
- Atualização do Caso de Negócio do Projeto (SB3);
- Atualização do Registro dos Riscos (SB4);
- Reportar o Estágio Conclusão (SB5);
- Produzir Plano de Exceção (SB6);
·
Fechamento do
Projeto (CP)
- Desativar comissão (Decommission) do Projeto (CP1);
- Identificar contínuos itens de Ações (CP2);
- Revisão da Avaliação do Projeto (CP3);
·
Planejamento (PL)
- Projetar o Plano (PL1);
- Definir e Analisar os Produtos (PL2);
- Identificar Atividades de Dependências (PL3);
- Estimação (PL4);
- Programação (Cronograma) (PL5);
- Analisar os Riscos (PL6);
- Completar o Plano (PL7).
PMBOK (Project management body of
knowledge)
PMBOK (Project Management Body of
Knowledge) – desenvolvido pela PMI (Project Management Institute)
O Project Management Body of Knowledge (PMBOK) é um guia para
a gerência de projetos, publicado pelo Project Management Institute (PMI). Em
português, chama-se Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de
Projetos (Guia PMBOK).
Este guia é publicado desde 1987, numa tentativa de
documentar e padronizar práticas e informações aceitas como gerenciamento de
projeto. A última é a 4ª Edição, PMBOK Guide - Fourth Edition, lançada em
31/12/2008.
O Guia PMBOK também fornece e promove um vocabulário comum
para se discutir, escrever e aplicar o gerenciamento de projetos possibilitando
o intercâmbio eficiente de informações entre os profissionais de gerência de
projetos. É baseado em processos e subprocessos para descrever de forma
organizada o trabalho a ser realizado durante o projeto. Essa abordagem se
assemelha à empregada por outras normas como a ISO 9000 e o Software
Engineering Institute's, CMMI. Os processos descritos se relacionam e interagem
durante a condução do trabalho e a descrição de cada um deles é feita em termos
de:
·
Entradas (documentos,
planos, desenhos etc.);
·
Ferramentas e técnicas
(que se aplicam as entradas);
·
Saídas (documentos,
produtos etc.)
A versão 2004 do guia cita 42 processos agrupados em cinco
grupos e nove áreas de conhecimento.
Descrição dos grupos de processos de gerenciamento de
projetos:
1. Iniciação
2. Planejamento
3. Execução
4. Monitoramento e controle
5. Encerramento
O guia envolve nove áreas do conhecimento:
·
Integração: é a
coordenação dos processos e interfaces das várias áreas de conhecimento;
·
Escopo: assegura que
tudo o que foi prometido seja entregue e que não haja mudanças durante a
execução;
·
Tempo: assegura que as
tarefas sejam executadas no tempo previsto;
·
Custos: assegura que o
orçamento seja cumprido;
·
Qualidade: assegura a
conformidade com o que foi solicitado;
·
Recursos Humanos:
assegura o uso efetivo e otimizado do pessoal envolvido no projeto;
·
Comunicação: assegura
que as informações do projeto serão obtidas e disseminadas;
·
Riscos: assegura que os
riscos sejam identificados, analisados e administrados e
·
Aquisições: assegura
que os bens e serviços de fora da organização sejam adquiridos.
SOFTWARES PARA PROJETOS
Um dos softwares mais conhecidos e utilizados na área de
planejamento é o MS PROJECT da Microsoft. Também, em versão livre existe o
software PLANNER, bastante parecido com o MS PROJECT, bem como o PRIMAVERA.