domingo, 2 de junho de 2013

DIVIDENDOS E POLÍTICA DE DIVIDENDOS




O QUE É DIVIDENDO?
O termo dividendo refere-se normalmente à distribuição de lucros em dinheiro. Formalmente, define dividendos como as distribuições de lucros da empresa aos acionistas, sob a forma de dinheiro ou ações. Para os casos de empresas LTDA., os dividendos se equivaleriam às distribuições de lucro.

QUAIS OS TIPOS DE DIVIDENDOS?
Enumera quatro tipo de dividendos:
a) Dividendos regulares: são os dividendos normalmente pagos em dinheiro diretamente aos acionistas, quatro vezes por ano. São de frequência fixa, no curso regular das operações da empresa.
b) Dividendos extraordinários: são dividendos extras que não têm obrigatoriedade de frequência e periodicidade definida.
c) Dividendos especiais: são dividendos extras, de caráter único e não repetitivo.
d) Dividendos de liquidação: significa a distribuição pela liquidação total ou parcial da empresa.

MÉTODO DE PAGAMENTO DE DIVIDENDOS NO BRASIL
A regulamentação nacional sobre o pagamento de dividendos no Brasil foi transcrita da Lei das Sociedades por Ações (S/A´s) e encontra-se no Anexo 01.

A POLÍTICA DE DIVIDENDOS É RELEVANTE OU IRRELEVANTE?
Em se tratando de política de dividendos, (ROSS, et al., 2000) coloca bem:
“os dividendos são pagos em dinheiro, e dinheiro é algo de que todo mundo gosta. A questão que discutiremos aqui é se a empresa deve distribuir dinheiro agora ou investir para distribuí-lo mais tarde. A política de dividendos, portanto, é a maneira pela qual os dividendos são distribuídos no tempo”.
Em um mercado perfeito, sem risco, impostos e custo de transação, a teoria da irrelevância dos dividendos defende que a política de dividendos de uma empresa não afeta seu valor de mercado, pois este é afetado apenas pela sua capacidade de gerar lucros e pelo risco de seus ativos. Algumas considerações sobre:

a) Índice de distribuição dos dividendos
b) Financiamento x retenção de dividendos
c) Permanência do valor e preferência fiscal

Teoria da relevância dos dividendos Segundo, a teoria da relevância dos dividendos defende que, quanto mais dividendos forem distribuídos pela empresa, maior será o preço de suas ações e menor será o custo do seu capital próprio.

a) Índice de distribuição dos dividendos
b) Dividendos como um resíduo passivo
c) Conteúdo informacional dos dividendos
d) Impostos pagos pelo investidor
e) Custos de lançamento e transação

TEORIA RESIDUAL DOS DIVIDENDOS
A teoria residual dos dividendos defende que os dividendos pagos pela empresa seriam o montante remanescente após todas as oportunidades de investimento aceitáveis terem sido aproveitadas.

DETERMINAÇÃO DA POLÍTICA DE DIVIDENDOS:

O que é política de dividendos?
Fatores que afetam a política de dividendos
Tipos de políticas de dividendos

INSTRUMENTOS DA POLÍTICA DE DIVIDENDOS

Distribuição de dividendos
Desdobramento de ações (Splits)
Plano de recompra de ações
Planos de reinvestimento
Juros sobre capital próprio
Relações com investidores

OBTENÇÃO DE CAPITAL 2

CAPITAL DE RISCO
Antes de iniciar esse capítulo, convém distinguir a captação de recursos ou obtenção de capital em duas partes: a primeira, voltada para empreendedores que desejam lançar um produto e não dispõe de qualquer ativo para garantir a operação (Capital de Risco). A segunda, para empresas já atuantes no mercado, será a captação através de oferta pública de ações.
O Capital de Risco refere-se a financiamento para novos empreendimentos. Normalmente operam sem nenhuma garantia de sucesso. Trabalham com a hipótese de alavancagem e sucesso do negócio, o que certamente geraria altos lucros com a venda da patente ou da empresa propriamente dita.

CONCEITOS INICIAIS
Antes de iniciar o capítulo, alguns conceitos contábeis
precisam ser relembrados.
Em um balanço, o ativo total deve equivaler ao passivo total. Assim, pode-se escrever que:

ATIVO CIRCULANTE + ARLP + ATIVO PERMANENTE
=
PASSIVO CIRCULANTE + PELP + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Paralelo a isso, é importante retomar o conceito de capital de giro líquido ou capital circulante líquido. Capital circulante líquido é a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante.
Portanto, ao substituir na equação a fórmula:

ATIVO CIRCULANTE – PASSIVO CIRCULANTE
=
CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO,

ter-se-ia:

CAP. GIRO LÍQUIDO + ARLP + ATIVO PERMANENTE
=
PELP + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Como o Capital de Giro Líquido corresponde ao:
Caixa + Outros Ativos Circulantes – Passivo Circulante, a equação final pode ser:

CAIXA = PELP + PL + PC – OUTROS AT. CIRCULANTES – AT. PERMANENTE – ARLP

Com isso, conclui-se que nos grupos em que há o sinal de + , um aumento destes provoca um aumento de caixa, enquanto que o sinal – provoca uma redução de caixa.

CICLO OPERACIONAL E CICLO DE CAIXA
Ciclo operacional, é o ciclo completo que vai desde o momento de compra da mercadoria até o momento do recebimento de caixa. Já o ciclo de caixa, compreende o período em que os recursos da empresa foram utilizados para o pagamento dos bens e matérias-primas até o recebimento pela venda do produto acabado.
O período que vai da compra de matéria-prima até o pagamento da matéria-prima é chamado de período de contas a pagar ou período médio de pagamento. Portanto, conclui-se que o ciclo operacional é o ciclo de caixa + período médio de pagamento.

·       Compra de matéria-prima
·       Venda do produto
·       Pagamento da matéria-prima
·       Recebimento da venda do produto
·       Ciclo Operacional
·       Ciclo de caixa

CICLO OPERACIONAL E CICLO DE CAIXA – COMO CALCULAR
No ciclo operacional, pode-se dividir a linha do tempo em duas partes: uma primeira etapa que seria a idade média dos estoques ou prazo médio de estocagem. A segunda, que seria o prazo médio de recebimento.
1º passo: Calcular o prazo médio de estocagem. Informações necessárias: CMV e Estoques (Médio).
2º passo: Calcular o prazo médio de recebimento. Informações necessárias:
Duplicatas a Receber e Vendas (diárias).
Em seguida, somam-se os dois prazos para encontrar o ciclo operacional.
Como o ciclo de caixa é o ciclo operacional menos o período médio de pagamento, resta saber apenas este último. O período médio de pagamento é calculado.

(LEMES JR, et al., 2001) concluem bem em relação ao estudo dos ciclos:

“A análise do Ciclo de Caixa também indica a necessidade de determinação de ações que visem encurtá-lo, pois quanto mais longo for o Ciclo de Caixa, maior será a necessidade de recursos financeiros para o financiamento dos valores aplicados em estoques e contas a receber. Sem dúvida, a política que objetiva trabalhar com ciclos operacionais e ciclos de caixa reduzidos deverá tornar mais difícil a gestão financeira e operacional, pois exigirá lidar com recursos escassos em caixa, imporá limitações nas políticas de crédito, o que dificultará a realização das vendas, e forçará a empresa a trabalhar com estoques reduzidos de matérias primas e produtos acabados.”

Em se tratando de investimento em ativo circulante que cubra o ciclo de caixa,  coloca que depende da magnitude do investimento em ativo circulante que a empresa queira adotar:

a) Política financeira flexível: é aquela que mantém uma proporção relativamente elevada entre ativo circulante e vendas, priorizada pelo endividamento a longo prazo. Assim, o investimento em ativo circulante seria maior, já que se teria uma manutenção de saldos mais elevados de caixa e contas a receber, além de políticas de estoque elevado e maior liberdade de crédito junto ao cliente.
b) Política financeira restritiva ou agressiva: é aquela que mantém um quociente baixo entre o ativo circulante e vendas, priorizada pelo endividamento de curto prazo. Assim, o investimento em ativo circulante é menor, já que se mantém saldos mais reduzidos de caixa e contas a receber, além de políticas de estoque reduzido e redução de vendas a prazo. Naturalmente, como a política agressiva exige um volume menor de investimento no ativo circulante, algumas outras consequências podem ocorrer: um volume de vendas menor em virtude do crédito restrito, falta de mercadoria em estoque para o cliente, interrupções no processo produtivo por falta de estoque. Portanto, o importante é equilibrar os custos envolvidos com os investimento no ativo circulante (custos de carregamento) e os custos de falta, de forma a atingir o ponto ideal para a empresa.
Quanto ao custo de carregamento, pode-se defini-lo como os custos que crescem com o aumento do nível dos investimentos em ativos circulantes.
Ex.: Custo de estocagem, custo de crédito ao cliente, custo de oportunidade do investimento. Já o custo de falta é o custo que cai com o aumento do nível de investimentos em ativos circulantes. Ex.: custo de empréstimo de curto prazo, custo de máquina parada por falta de estoque, entre outros.

QUAL A MELHOR POLÍTICA DE FINANCIAMENTO?
Não existe um número mágico para essa pergunta. Interessante destacar alguns pontos:
a) Reservas de Caixa
Reservas de caixa mais confortáveis garante tranquilidade na gestão a curto prazo, porém seu excesso pode empatar capital e reduzir a rentabilidade dos ativos de capital da empresa.
b) Casamentos de Prazos
O casamento de prazos do ativo e passivo circulante é interessante, uma vez que evita o financiamento do ativo permanente a curto prazo.
c) Taxas de juros relativas
Avaliar a viabilidade das taxas relativas ao prazo de financiamento. Financiamentos muito extensos geram custos maiores.
d) Estratégias básicas para redução do ciclo de caixa da empresa
• Retardar os pagamentos da Contas a Pagar;
• Aproveitar os descontos favoráveis;
• Acelerar o giro de estoques e matéria-prima;
• Acelerar os recebimentos de Contas a Receber;

ORÇAMENTO DE CAIXA

O orçamento de caixa, é uma projeção das entradas e saídas de caixa para o período de planejamento seguinte. Em seguida, será apresentado um modelo de orçamento de caixa.