O QUE É
DIVIDENDO?
O termo
dividendo refere-se normalmente à distribuição de lucros em dinheiro.
Formalmente, define dividendos como as distribuições de lucros da empresa aos acionistas,
sob a forma de dinheiro ou ações. Para os casos de empresas LTDA., os
dividendos se equivaleriam às distribuições de lucro.
QUAIS OS TIPOS
DE DIVIDENDOS?
Enumera quatro
tipo de dividendos:
a) Dividendos
regulares: são os dividendos normalmente pagos em dinheiro diretamente aos acionistas,
quatro vezes por ano. São de frequência fixa, no curso regular das operações da
empresa.
b) Dividendos
extraordinários: são dividendos extras que não têm obrigatoriedade de frequência
e periodicidade definida.
c) Dividendos
especiais: são dividendos extras, de caráter único e não repetitivo.
d) Dividendos de
liquidação: significa a distribuição pela liquidação total ou parcial da
empresa.
MÉTODO DE
PAGAMENTO DE DIVIDENDOS NO BRASIL
A regulamentação
nacional sobre o pagamento de dividendos no Brasil foi transcrita da Lei das
Sociedades por Ações (S/A´s) e encontra-se no Anexo 01.
A POLÍTICA DE
DIVIDENDOS É RELEVANTE OU IRRELEVANTE?
Em se tratando
de política de dividendos, (ROSS, et al., 2000) coloca bem:
“os dividendos
são pagos em dinheiro, e dinheiro é algo de que todo mundo gosta. A questão que
discutiremos aqui é se a empresa deve distribuir dinheiro agora ou investir
para distribuí-lo mais tarde. A política de dividendos, portanto, é a maneira
pela qual os dividendos são distribuídos no tempo”.
Em um mercado
perfeito, sem risco, impostos e custo de transação, a teoria da irrelevância
dos dividendos defende que a política de dividendos de uma empresa não afeta
seu valor de mercado, pois este é afetado apenas pela sua capacidade de gerar
lucros e pelo risco de seus ativos. Algumas considerações sobre:
a) Índice de
distribuição dos dividendos
b) Financiamento
x retenção de dividendos
c) Permanência
do valor e preferência fiscal
Teoria da
relevância dos dividendos Segundo, a teoria da relevância dos dividendos
defende que, quanto mais dividendos forem distribuídos pela empresa, maior será
o preço de suas ações e menor será o custo do seu capital próprio.
a) Índice de
distribuição dos dividendos
b) Dividendos
como um resíduo passivo
c) Conteúdo
informacional dos dividendos
d) Impostos
pagos pelo investidor
e) Custos de
lançamento e transação
TEORIA RESIDUAL
DOS DIVIDENDOS
A teoria
residual dos dividendos defende que os dividendos pagos pela empresa seriam o
montante remanescente após todas as oportunidades de investimento aceitáveis
terem sido aproveitadas.
DETERMINAÇÃO DA
POLÍTICA DE DIVIDENDOS:
O que é política
de dividendos?
Fatores que
afetam a política de dividendos
Tipos de
políticas de dividendos
INSTRUMENTOS DA
POLÍTICA DE DIVIDENDOS
Distribuição de
dividendos
Desdobramento de
ações (Splits)
Plano de
recompra de ações
Planos de
reinvestimento
Juros sobre
capital próprio
Relações com
investidores
OBTENÇÃO DE CAPITAL 2
CAPITAL DE RISCO
Antes de iniciar
esse capítulo, convém distinguir a captação de recursos ou obtenção de capital
em duas partes: a primeira, voltada para empreendedores que desejam lançar um produto
e não dispõe de qualquer ativo para garantir a operação (Capital de Risco). A
segunda, para empresas já atuantes no mercado, será a captação através de
oferta pública de ações.
O Capital de
Risco refere-se a financiamento para novos empreendimentos. Normalmente operam
sem nenhuma garantia de sucesso. Trabalham com a hipótese de alavancagem e
sucesso do negócio, o que certamente geraria altos lucros com a venda da patente
ou da empresa propriamente dita.
CONCEITOS
INICIAIS
Antes de iniciar
o capítulo, alguns conceitos contábeis
precisam ser
relembrados.
Em um balanço, o
ativo total deve equivaler ao passivo total. Assim, pode-se escrever que:
ATIVO CIRCULANTE
+ ARLP + ATIVO PERMANENTE
=
PASSIVO
CIRCULANTE + PELP + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Paralelo a isso,
é importante retomar o conceito de capital de giro líquido ou capital
circulante líquido. Capital circulante líquido é a diferença entre o ativo
circulante e o passivo circulante.
Portanto, ao
substituir na equação a fórmula:
ATIVO
CIRCULANTE – PASSIVO CIRCULANTE
=
CAPITAL
DE GIRO LÍQUIDO,
ter-se-ia:
CAP.
GIRO LÍQUIDO + ARLP + ATIVO PERMANENTE
=
PELP
+ PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Como o Capital
de Giro Líquido corresponde ao:
Caixa + Outros
Ativos Circulantes – Passivo Circulante, a equação final pode ser:
CAIXA = PELP +
PL + PC – OUTROS AT. CIRCULANTES – AT. PERMANENTE – ARLP
Com isso,
conclui-se que nos grupos em que há o sinal de + , um aumento destes provoca um
aumento de caixa, enquanto que o sinal – provoca uma redução de caixa.
CICLO
OPERACIONAL E CICLO DE CAIXA
Ciclo
operacional, é o ciclo completo que vai desde o momento de compra da mercadoria
até o momento do recebimento de caixa. Já o ciclo de caixa, compreende o
período em que os recursos da empresa foram utilizados para o pagamento dos
bens e matérias-primas até o recebimento pela venda do produto acabado.
O período que
vai da compra de matéria-prima até o pagamento da matéria-prima é chamado de
período de contas a pagar ou período médio de pagamento. Portanto, conclui-se
que o ciclo operacional é o ciclo de caixa + período médio de pagamento.
· Compra de matéria-prima
· Venda do produto
· Pagamento da matéria-prima
· Recebimento da venda
do produto
· Ciclo
Operacional
· Ciclo de caixa
CICLO
OPERACIONAL E CICLO DE CAIXA – COMO CALCULAR
No ciclo operacional,
pode-se dividir a linha do tempo em duas partes: uma primeira etapa que seria a
idade média dos estoques ou prazo médio de estocagem. A segunda, que seria o
prazo médio de recebimento.
1º passo:
Calcular o prazo médio de estocagem. Informações necessárias: CMV e Estoques
(Médio).
2º passo:
Calcular o prazo médio de recebimento. Informações necessárias:
Duplicatas a
Receber e Vendas (diárias).
Em seguida,
somam-se os dois prazos para encontrar o ciclo operacional.
Como o ciclo de
caixa é o ciclo operacional menos o período médio de pagamento, resta saber apenas
este último. O período médio de pagamento é calculado.
(LEMES JR, et
al., 2001) concluem bem em relação ao estudo dos ciclos:
“A análise do
Ciclo de Caixa também indica a necessidade de determinação de ações que visem
encurtá-lo, pois quanto mais longo for o Ciclo de Caixa, maior será a
necessidade de recursos financeiros para o financiamento dos valores aplicados
em estoques e contas a receber. Sem dúvida, a política que objetiva trabalhar
com ciclos operacionais e ciclos de caixa reduzidos deverá tornar mais difícil
a gestão financeira e operacional, pois exigirá lidar com recursos escassos em
caixa, imporá limitações nas políticas de crédito, o que dificultará a realização
das vendas, e forçará a empresa a trabalhar com estoques reduzidos de matérias primas
e produtos acabados.”
Em se tratando
de investimento em ativo circulante que cubra o ciclo de caixa, coloca que depende da magnitude do
investimento em ativo circulante que a empresa queira adotar:
a) Política
financeira flexível: é aquela que mantém uma proporção relativamente elevada
entre ativo circulante e vendas, priorizada pelo endividamento a longo prazo. Assim,
o investimento em ativo circulante seria maior, já que se teria uma manutenção
de saldos mais elevados de caixa e contas a receber, além de políticas de
estoque elevado e maior liberdade de crédito junto ao cliente.
b) Política
financeira restritiva ou agressiva: é aquela que mantém um quociente baixo
entre o ativo circulante e vendas, priorizada pelo endividamento de curto
prazo. Assim, o investimento em ativo circulante é menor, já que se mantém
saldos mais reduzidos de caixa e contas a receber, além de políticas de estoque
reduzido e redução de vendas a prazo. Naturalmente, como a política agressiva
exige um volume menor de investimento no ativo circulante, algumas outras consequências
podem ocorrer: um volume de vendas menor em virtude do crédito restrito, falta
de mercadoria em estoque para o cliente, interrupções no processo produtivo por
falta de estoque. Portanto, o importante é equilibrar os custos envolvidos com
os investimento no ativo circulante (custos de carregamento) e os custos de
falta, de forma a atingir o ponto ideal para a empresa.
Quanto ao custo
de carregamento, pode-se defini-lo como os custos que crescem com o aumento do
nível dos investimentos em ativos circulantes.
Ex.: Custo de
estocagem, custo de crédito ao cliente, custo de oportunidade do investimento.
Já o custo de falta é o custo que cai com o aumento do nível de investimentos
em ativos circulantes. Ex.: custo de empréstimo de curto prazo, custo de máquina
parada por falta de estoque, entre outros.
QUAL A MELHOR
POLÍTICA DE FINANCIAMENTO?
Não existe um
número mágico para essa pergunta. Interessante destacar alguns pontos:
a) Reservas de
Caixa
Reservas de
caixa mais confortáveis garante tranquilidade na gestão a curto prazo, porém
seu excesso pode empatar capital e reduzir a rentabilidade dos ativos de
capital da empresa.
b) Casamentos de
Prazos
O casamento de
prazos do ativo e passivo circulante é interessante, uma vez que evita o financiamento
do ativo permanente a curto prazo.
c) Taxas de
juros relativas
Avaliar a
viabilidade das taxas relativas ao prazo de financiamento. Financiamentos muito
extensos geram custos maiores.
d) Estratégias
básicas para redução do ciclo de caixa da empresa
• Retardar os
pagamentos da Contas a Pagar;
• Aproveitar os
descontos favoráveis;
• Acelerar o
giro de estoques e matéria-prima;
• Acelerar os
recebimentos de Contas a Receber;
ORÇAMENTO DE
CAIXA
O orçamento de
caixa, é uma projeção das entradas e saídas de caixa para o período de
planejamento seguinte. Em seguida, será apresentado um modelo de orçamento de
caixa.