PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO
Concebido
como ferramenta derivada da estratégia militar, desenvolvida na Segunda Guerra
Mundial, o planejamento estratégico no contexto empresarial pressupõe um
intenso conhecimento do organismo da empresa e das influencias por ele
recebidas das mudanças do ambiente nos aspectos políticos, econômicos, sociais
e tecnológicos, visando mantê-la sempre em condições de competição com a
concorrência.
É
fundamental para a própria sobrevivência da empresa que o planejamento
estratégico seja executado de uma forma lógica e estudada. A empresa deve ter
uma visão clara, coerente e instigante das suas metas e objetivos, não apenas
em função do mercado e do produto, mas também em função do aspecto financeiro.
A ausência destas metas e objetivos fará com que a empresa fique a deriva e,
conseqüentemente, não tenha sucesso.
“O
qualificativo “estratégico” vem de uma palavra grega, estratégos, que significa
“general” e tem portanto, uma conotação militar. O verbo estrategein significa
elaborar um plano, com referência ao exército. A linguagem científica tomou
este vocábulo para aplica-lo à teoria dos jogos, aos modelos matemáticos e
finalmente à organização” (PETER DRUCKER)
DEFINIÇÃO
Planejamento
Estratégico é o processo de desenvolvimento e manutenção de uma referência
estratégica entre os objetivos e capacidades da empresa e as mudanças de suas
oportunidades no mercado.
A
Estratégia Empresarial visa adaptar a empresa para aproveitar as oportunidades
do ambiente em mudanças.
O
processo de planejar envolve, portanto, um modo de pensar; e um salutar modo de
pensar envolve indagações; e indagações envolvem questionamentos sobre o que
fazer, como, quando, quanto, para quem, porque, por quem e onde.
Toda
atividade de planejamento nas empresas, por sua natureza, deverá resultar de
decisões presentes, tomadas a partir do exame do impacto das mesmas no futuro,
o que lhe proporciona uma dimensão temporal de alto significado.
Além
disso, o fato de o planejamento ser um processo de estabelecimento de um estado
futuro desejado e um delineamento dos meios efetivos de torná-lo realidade
justifica que ele anteceda à decisão e à ação.
ESTRATÉGIA
A
estratégia corresponde à definição do propósito da organização ou, por outras
palavras, representa o conjunto de decisões e ações a adotar pela organização
que visam proporcionar aos clientes mais valor que o oferecido pela
concorrência. Assim, podemos considerar que um gestor é um bom estrategista
sempre que possuir uma elevada capacidade para se antecipar aos concorrentes na
descoberta de oportunidades geradoras de elevado valor percebido pelo cliente.
O
PROCESSO DE ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
A
Administração Estratégica envolve um processo ou uma série de etapas. As etapas
básicas incluem:
Etapa
1 -
Execução de uma análise do ambiente O processo de administração estratégica tem
início com a análise do ambiente, isto é, com o processo de monitorar o
ambiente organizacional para identificar os riscos e as oportunidades presentes
e futuras. Nesse contexto, o ambiente organizacional encerra todos os fatores,
tanto internos como externos à organização, que podem influenciar o progresso
obtido através da realização de objetivos da organização. Os administradores
devem compreender o propósito da análise do ambiente, reconhecer os vários
níveis existentes no ambiente organizacional e entender as recomendações das
normas para realizar uma análise do ambiente. Etapa 2 -Estabelecimento
de uma diretriz organizacional A segunda etapa do processo de administração
estratégica é o estabelecimento da a diretriz organizacional ou determinação da
meta da organização. Há dois indicadores principais de direção para os quais
uma organização é levada: a missão e os objetivos organizacionais. A missão
organizacional é a finalidade de uma organização ou a razão de sua existência.
Os objetivos são as metas das organizações. Há outros dois indicadores de
direção que, atualmente, as empresas estabelecem: a visão, que é o que as
empresas aspiram a ser ou se tornar, e os valores, que expressam a filosofia
que norteia a empresa e a que a diferencia das outras.
Etapa
3 -
Formulação de uma estratégia organizacional A terceira etapa do processo é a
formulação da estratégia. Esta é definida como um curso de ação com vistas a
garantir que a organização alcance seus objetivos. Formular estratégias é
projetar e selecionar estratégias que levem à realização dos objetivos
organizacionais. O enfoque central está em como lidar satisfatoriamente com a
concorrência. Assim que o ambiente tenha sido analisado e a diretriz
organizacional estipulada, a administração é capaz de traçar cursos
alternativos de ação em um esforço conhecido para assegurar o sucesso da
organização.
Etapa
4 -
Implementação da estratégia organizacional Nesta quarta etapa colocam-se em
ação as estratégias desenvolvidas logicamente que emergiram de etapas
anteriores ao processo de administração estratégica. Sem a implementação
efetiva da estratégia, as organizações são incapazes de obter os benefícios da
realização de uma análise organizacional, do estabelecimento de uma diretriz
organizacional e da formulação da estratégia organizacional.
Etapa
5 -
Controle estratégico O controle estratégico é um tipo especial de controle
organizacional que se concentra na monitoração e avaliação do processo de
administração estratégica no sentido de melhorá-lo e assegurar um funcionamento
adequado.
NÍVEIS
DA ESTRATÉGIA
Direção
da Empresa - Corporativa
Gestores
da Unidade de Negócio - Estratégia Negócio
Gerentes
- Estratégia Funcional
Supervisores
- Estratégia Operacional
Estratégia
Corporativa
Se
a organização é uma corporação de porte e diversificada, sua estratégia a
posicionará em seu ambiente global, econômico, político e social e consistirá
em decisões sobre quais dos tipos de negócio o grupo quer conduzir, em quais
partes do mundo deseja operar, quais negócios adquirir e de quais desfazer-se,
como alocar seu dinheiro entre os vários negócios e assim por diante. Decisões
como essas formam a estratégia corporativa da organização.
A
estratégia corporativa é o plano do jogo gerencial geral para uma empresa
diversificada. Elas orientam e conduzem a corporação em seu ambiente global,
econômico, social e político. Consiste das mudanças feitas para estabelecer
posições comerciais em diferentes indústrias e abordagens usadas para gerenciar
o grupo de negócios da empresa.
Estratégia
de Negócios
A
estratégia do negócio é o plano geral de jogo para um único negócio. Ela é
espelhada no padrão de abordagens e mudanças elaboradas pela gerência para
produzir desempenho bem-sucedido numa linha de negócio específica.
Cada
unidade de negócio na corporação precisará elaborar sua própria estratégia de
negócios, que estabelece sua missão e objetivos individuais, bem como definir
como pretende competir em seus mercados. Esta estratégia de negócios orienta o
negócio em um ambiente que consiste em seus consumidores, mercados e
concorrentes, mas também inclui a corporação da qual faz parte.
Dentro
do negócio cada função precisará considerar qual papel em termos de
contribuição para os objetivos estratégicos e/ou competitivos do negócio. Todos
os setores, produção, marketing, finanças, pesquisa e desenvolvimento e outros,
precisarão traduzir os objetivos do negócio em termos que têm sentido para eles
e precisam determinar a melhor forma de organizar seus recursos para apoiá-los.
O
vigor central da estratégia do negócio é como formar e reforçar a posição
competitiva de longo prazo da empresa da empresa no mercado.
Estratégia
Funcional ou Tática
A
estratégia funcional diz respeito ao plano do jogo gerencial de um departamento
ou atividade funcional chave dentro do negócio. Cada função do negócio precisa
de uma estratégia funcional que conduz suas ações no âmbito do negócio. Nesta
ocasião, o “ambiente” da função inclui em particular o negócio em que se
insere.
A
estratégia funcional, de abrangência mais restrita que a estratégia de
negócios, adiciona detalhes relevantes ao plano geral do negócio estabelecendo
as ações, abordagens e práticas para a operação de um departamento ou função do
negócio. O papel principal de uma estratégia funcional é fornecer apoio para a
estratégia geral de negócios e para a abordagem competitiva da empresa.
Estratégia
Operacional
As
estratégias operacionais estão relacionadas com iniciativas estratégicas e
abordagens mais restritas para o gerenciamento de unidades operacionais chave
(fábricas, distritos de vendas, centros de distribuição) e para o tratamento de
tarefas operacionais diárias que tenham significado estratégico (campanhas de
propaganda, compra de material, controle de estoque, manutenção, expedição).
As
estratégias operacionais delineiam como gerenciar unidades organizacionais
chave dentro de um negócio e como executar atividades estrategicamente
significativas.
As
estratégias operacionais acrescentam mais detalhes e complementos para as
estratégias funcionais e para o plano geral do negócio. A responsabilidade
principal pela estratégia operacional normalmente é delegada para os gerentes
da linha de frente, mas ficam sujeitas à revisão e aprovação de seus chefes.
ORGANOGRAMA
DETERMINANDO
O ORGANOGRAMA DA EMPRESA
O
organograma é o gráfico que representa a estrutura formal da empresa, ou seja,
a disposição e a hierarquia dos órgãos.
Existem
várias maneiras de se representar a estrutura da empresa. A escolha do tipo
ideal, fica a critério do analista, que deve considerar a natureza da organização.
O organograma mais utilizado é o CLÁSSICO:
Organograma
clássico ou vertical – este tipo é simplificado e procura deixar bem claros os
níveis de hierarquia. É bastante utilizado em instituições tradicionais.
CUIDADOS
NA ELABORAÇÃO DO ORGANOGRAMA
Na
elaboração, um organograma exige certos cuidados: alguns de natureza estética,
outros de natureza técnica, por exemplo:
a)
Deve ser evitado o uso exclusivo de siglas, códigos ou abreviaturas dos órgãos
para que qualquer pessoa possa ver e entender a estrutura da organização;
O
órgão deve ser identificado pelo indicador da hierarquia (Diretoria,
Departamento, Gerência, Superintendência, Divisão, Seção, Setor,...) e pelo
indicador da departamentalização (que, juntos, constituem o “nome” do órgão).
Exemplo:
Departamento
Financeiro (departamentalização por função)
Gerência
Sul (departamentalização por região geográfica)
Podem
ser utilizados SIGLAS e CÓDIGOS para complementar a identificação do órgão;
Exemplo:
DEPFIN e GERSUL
b)
A subordinação de um órgão em relação a outro é representada por linha cheia
(medula orgânica), de cima para baixo, ou da esquerda para direita. Órgãos de
igual hierarquia não podem estar ligados uns aos outros, mas sim à linha da
autoridade superior;
·
A relação funcional pode ser
representada por linha tracejada e a relação de fiscalização ou controle por
linha pontilhada;
· Órgãos
de STAFF devem estar ligados por ramais (também representados por linha cheia)
à “medula orgânica”;
c)
Deve ser procurado um equilíbrio estético entre os espaços laterais e verticais
dos órgãos de mesmo nível hierárquico;
d)
O organograma não deve ser fracionado em hipótese alguma, ou seja, não deve
constar parte numa folha, parte em outra;
· Se
houver necessidade podem ser criados organogramas específicos para detalhar
órgãos ou níveis hierárquicos da organização;
e)
Para representação de órgãos de caráter mais formal, deve ser dada preferência
à utilização de retângulos (usualmente, mantendo a proporção de base X altura:
2X1), em detrimento de outras formas geométricas, podendo o seu tamanho variar
em função do nível hierárquico de cada setor representado;
· Para
a representação de órgãos menos formais, como grupos e equipes, ou até de
organizações ligadas a atividades artísticas, sociais, ou criativas, dentre
outras, admite-se usar outras formas gráficas, como círculos, triângulos,
elipses, retângulos curvados ou, simplesmente, a sua chamada por linha, sem
circunscrição;
f)
Informações de natureza temporária não devem ser apresentadas no organograma
(nome do responsável pelo órgão, por exemplo),evitando, assim, constantes
alterações do desenho; 6
g)
Não confundir, o organograma é utilizado, usualmente, para representar os
órgãos e não os cargos ou funções;
Exemplo:
A
forma mais adequada é Diretoria de Vendas ao invés de Diretor ou Direção de
Vendas.
FORMAS
DE APRESENTAÇÃO DE UM ORGANOGRAMA
No
desenho de um organograma podem ser utilizados diversos recursos gráficos
(linhas, cores, texturas,...) mas o seu emprego deve estar condicionado,
diretamente, ao não comprometimento da perfeita visualização da informação nele
disponibilizada.
Para
facilitar a arrumação do organograma em uma folha (tipo A4 - ideal ou A3 - no
máximo) e visando destacar alguma informação podem ser empregados os seguintes
recursos:
·
DESDOBRAMENTO da estrutura: Pode ser
horizontal, com os órgãos apresentados lado à lado ou vertical com os órgãos
apresentados em seqüência vertical;
·
DIMENSIONAMENTO dos órgãos: Quando o
objetivo é destacar os órgãos estes podem ser desenhados de forma bidimensional
(ou com sombra);
· APRESENTAÇÃO
da medula orgânica: Além da apresentação tradicional a medula pode ser
desenhada em BANDEIRA (os órgãos são pendurados como se estivessem em um
“varal”) ou em LAMBDA (os órgãos são ligados por linha diagonais);
LOTACIONOGRAMA
O
lotacionograma é o organograma que tem por objetivo fornecer uma visão exata da
disposição dos recursos humanos na organização, facilitando a coordenação
alocação destes pelos diversos órgãos e favorecendo possíveis trabalhos de
remanejamento ou de reorganização.
Os
lotacionogramas devem ser atualizados sempre que ocorrerem alterações
estruturais em um órgão ou mudança no quadro de pessoal. O nível de
detalhamento do lotacionograma varia de acordo com a complexidade do estudo
realizado.
Na
formulação de lotacionogramas deve-se observar:
No
mínimo 50% dos funcionários de cada órgão devem ter qualificação diretamente
relacionada com as atividades específicas;
Em
muitos casos é interessante agrupar funcionários de mesma qualificação em um
único órgão, ganhando-se com isso em desenvolvimento e especialização
minimizando a ociosidade (essa forma de organização é característica da
estrutura funcional) ;
Quando
se utilizam os valores previstos no lotacionograma, o fato de um setor cumprir
satisfatoriamente suas funções com um número de pessoas abaixo do previsto
podem indicar que houve superestimação da previsão, que deve ser revista.
Várias
são as maneiras possíveis de representar um lotacionograma. Em geral, indicado
no organograma, constrói-se quadro ou texto que explique a função de cada
departamento, indica-se a quantidade de funcionários e explica-se a relação
entre eles.
TIPOS
DE PLANEJAMENTO
Na
consideração dos grandes níveis hierárquicos, pode-se distinguir três tipos de
planejamento:
A)
Planejamento Estratégico
B)
Planejamento Tático
C)
Planejamento Operacional
Pode-se
relacionar os tipos de planejamento aos níveis de decisão numa Pirâmide
organizacional:
Planejamento
Estratégico relaciona-se com objetivos de longo prazo, com maneiras e ações que
afetam toda a empresa.
· Planejamento
Tático relaciona-se com objetivos de mais curto prazo e com maneiras e ações
que, geralmente afetam somente parte da empresa.
· Planejamento
Operacional relaciona-se com as rotinas operacionais da empresa e afetam
somente as unidades setoriais.
Tipos
e níveis de planejamento nas empresas:
Verifica-se
que o planejamento estratégico considera a empresa como um todo. Este aspecto é
importante para o entendimento das fases do planejamento estratégico.
Na
figura abaixo apresenta-se o ciclo básico dos três tipos de planejamento:
O
Planejamento Integrado entre os vários escalões é importante para que a
atividade conjunta garanta a realização dos objetivos propostos para o
desenvolvimento e crescimento da empresa.
PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO
É
o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se
estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado
grau de interação com o ambiente e atuando de forma inovadora e diferenciada.
O
planejamento estratégico é, normalmente, de responsabilidade dos níveis mais
altos da empresa e diz respeito tanto à formulação de objetivos quanto à
seleção dos cursos de ação a serem seguidos para sua consecução, levando em
conta as condições externas à empresa e sua evolução esperada.
PLANEJAMENTO
TÁTICO
Tem
por objetivo otimizar determinada área de resultado e não a empresa como um
todo.
Portanto,
trabalha com decomposição dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidas
no planejamento estratégicas.
Na
figura abaixo, apresenta-se uma sistemática de desenvolvimento dos
planejamentos básicos:
O
planejamento tático é desenvolvido em níveis organizacionais inferiores, tendo
como8 principal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis para
a consecução de objetivos previamente fixados.
PLANEJAMENTO
OPERACIONAL
Pode
ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos
escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas.
Portanto, nesta situação tem-se, basicamente, os planos de ação ou planos
operacionais.
Os
planejamentos operacionais correspondem a um conjunto de partes homogêneas do
planejamento tático;
Cada
um dos planejamentos operacionais deve conter com detalhes:
· os
recursos necessários para seu desenvolvimento e implantação;
· os
procedimentos básicos a serem adotados;
· os
resultados finais esperados;
· os
prazos estabelecidos; e
· os
responsáveis por sua execução e implantação.