domingo, 24 de março de 2013

CÁLCULOS FINAIS



O MLC – mapa de localização de custos é um instrumento metodológico de alocação dos custos indiretos, partindo do rateio dos CIF aos departamentos produtivos e auxiliares, dos auxiliares aos produtivos e dos produtivos aos produtos.
Ou seja, a alocação dos custos indiretos de fabricação (CIF) pode ser feita utilizando-se o Mapa de Localização de Custos (MLC).

a) Primeiramente a segregação no MLC entre os departamentos auxiliares (não agregam valor ao produto – administração, manutenção etc.) e produtivos (agrega valor aos produtos – corte, costura, prensa etc.).
b) Em seguida, os CIF são alocados, com bases de rateio específicas a cada departamento;
c) Na terceira etapa os CIF dos departamento auxiliares são transferidos para os departamentos produtivos, seguindo critérios racionais de alocação.
d) Por fim, ocorre a alocação do CIF dos departamentos produtivos aos portadores finais (produtos).

CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS

A forma de contabilização dos custos pode ser variada. Existem desde os critérios mais simples até os mais complexos. O exemplo a ser apresentado não tem muita complexidade, mas dependendo do método adotado pela entidade pode ocorrer a necessidade de utilizar-se métodos de contabilização mais detalhados.
Admitindo que a empresa tenha resolvido, contabilizar, com base no critério de rateio de CIF (Custos Indiretos de Fabricação), à base do valor da Mão-de-obra Direta, o procedimento de escrituração poderia ser:

a) CRITÉRIO SIMPLES: Contabilização dos Custos pela Contabilidade em contas apropriadas, com transferência direta para os estoques à medida que os produtos são acabados ou então só no fim do período, sem registro das fases de rateio:
Matéria-prima consumida 350.000
Mão-de-obra 120.000
Depreciação 60.000
Seguro da fábrica 10.000
Materiais diversos 15.000
Energia elétrica 85.000
Manutenção da fábrica 70.000

As contas de despesas, por não interessarem, ficam fora. Os Custos acima serão distribuídos diretamente às contas de estoques:

Débito: Estoques:
Produto A.................... 170.000
Produto B.................... 319.500
Produto C.................... 220.500
$ 710.000

Crédito: Custos:
Matéria-prima Consumida........ 350.000
Mão-de-obra (Salário Fáb)...... 120.000
Depreciação Fábrica............ 60.000
Seguros Fábrica................ 10.000
Materiais Diversos Fábrica..... 15.000
Energia Elétrica Fábrica....... 85.000
Manutenção Fábrica............. 70.000
$ 710.000

Neste exemplo, é possível argumentar que lançamentos tão simplificados não fornecem uma boa visão de como foi feita a distribuição dos custos. Entretanto, havendo um bom sistema de arquivo, as melhores fontes dessas informações sobre distribuição serão sempre os mapas, e não o diário e o razão da contabilidade.

b) CRITÉRIO COMPLEXO - a forma mais complexa para contabilização dos custos seria representada pelo detalhamento dos mapas de custos.

Débito:
Mão-de-obra direta.................... 90.000
Mão-de-obra indireta.................. 30.000
120.000

Credito:
Mão-de-obra(salário fábrica)........ 120.000

Débito:
Energia elétrica direta............... 45.000
Energia elétrica indireta............. 40.000
85.000

Crédito:
Energia elétrica fabrica............ 85.000

Débito: Estoques:
Produto A............................75.000
Produto B...........................135.000
Produto C ..........................140.000
350.000

Crédito: Matéria prima consumida............350.000

Débito: Estoques:
Produto A............................22.000
Produto B............................47.000
Produto C............................21.000
90.000

Crédito: Mão-de-obra direta..................90.000

Débito: Estoques:
Produto A............................18.000
Produto B............................20.000
Produto C............................ 7.000
45.000

Crédito: Energia elétrica direta.............45.000

Débito: Estoques:
Produto A............................ 55.000
Produto B........................... 17.500
Produto C............................ 52.500
225.000

Crédito: Custos indiretos:
Mão-de-obra indireta............... 30.000
Energia elétrica indireta........... 40.000
Depreciação fabrica................. 60.000
Seguros fábrica..................... 10.000
Materiais diversos.................. 15.000
Manutenção fábrica.................. 70.000
225.000

4ª FASE - EXECUÇÃO

Após a montagem do plano, no qual foram planejadas passo a passo as etapas do trabalho a ser realizado, parte-se para a execução, momento onde será literalmente aplicado o plano de ação ou seja, coloca-se em prática, com base nos objetivos propostos, o sistema de custos.
A execução pode ser entendida como a fase na qual se buscará aplicar o pensamento em relação a contabilidade de custos elaborado de acordo com as necessidades, os objetivos e os recursos da entidade.
Primeiramente inicia-se a coleta das informações (conjunto de gastos e dados físicos/quantitativos), que serão posteriormente classificadas/trabalhadas de acordo com o método proposto (ABC, Absorção etc.). Na sequências parte-se para a fase de cálculos, podendo ser manual ou informatizada, originando os diversos relatórios projetados (custos diretos, custos departamentais, custos totais etc.). Com base nos relatórios efetua-se a contabilização de tais dados, sendo que se o método for aceito pela legislação não existe a necessidade de proceder ajustes, caso contrário deverão ser
realizados. Também com base nos relatórios gerados, a administração poderá formar seu preço de venda (caso utilize o sistema de custos como base).

1. COLETA
2. APLICAÇÃO DO MÉTODO (Sistema de custeamento)
3. CÁLCULO DO CUSTO (geração de relatórios – custo total, unitário etc.)
4. TRANSFERÊNCIA PARA ESTOQUES (contabilização)
5. FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

5ª FASE - ANÁLISE / AVALIAÇÃO

Quando do término dos trabalhos burocráticos (aplicação do plano de custos), os quais originaram diversos relatórios, cabe ao profissional da área realizar a avaliação e análise dos resultados, verificando se os resultados encontrados refletem a realidade, se anular as necessidades da entidade e se atenderam aos objetivos do sistema. Ponto de equilíbrio – criado por Henry Hess

6ª FASE – COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS

Concluídas todas as fases dos processo de apuração/análise/avaliação do sistema de custo, deve-se comunicar os resultados encontrados à administração, objetivando uma  avaliação conjunta e global dos fatos ocorridos e dos procedimentos adotados, buscando realimentar o sistema, aprimorando-o constantemente.