O MLC – mapa de localização de custos é um
instrumento metodológico de alocação dos custos indiretos, partindo do rateio
dos CIF aos departamentos produtivos e auxiliares, dos auxiliares aos
produtivos e dos produtivos aos produtos.
Ou seja, a
alocação dos custos indiretos de fabricação (CIF) pode ser feita utilizando-se o
Mapa de Localização de Custos (MLC).
a) Primeiramente
a segregação no MLC entre os departamentos auxiliares (não agregam valor ao
produto – administração, manutenção etc.) e produtivos (agrega valor aos
produtos – corte, costura, prensa etc.).
b) Em seguida,
os CIF são alocados, com bases de rateio específicas a cada departamento;
c) Na terceira
etapa os CIF dos departamento auxiliares são transferidos para os departamentos
produtivos, seguindo critérios racionais de alocação.
d) Por fim, ocorre
a alocação do CIF dos departamentos produtivos aos portadores finais (produtos).
CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS
A forma de
contabilização dos custos pode ser variada. Existem desde os critérios mais simples
até os mais complexos. O exemplo a ser apresentado não tem muita complexidade,
mas dependendo do método adotado pela entidade pode ocorrer a necessidade de
utilizar-se métodos de contabilização mais detalhados.
Admitindo que a
empresa tenha resolvido, contabilizar, com base no critério de rateio de CIF
(Custos Indiretos de Fabricação), à base do valor da Mão-de-obra Direta, o procedimento
de escrituração poderia ser:
a) CRITÉRIO
SIMPLES: Contabilização dos Custos pela Contabilidade em contas apropriadas,
com transferência direta para os estoques à medida que os produtos são acabados
ou então só no fim do período, sem registro das fases de rateio:
Matéria-prima
consumida 350.000
Mão-de-obra
120.000
Depreciação
60.000
Seguro da
fábrica 10.000
Materiais
diversos 15.000
Energia elétrica
85.000
Manutenção da
fábrica 70.000
As contas de
despesas, por não interessarem, ficam fora. Os Custos acima serão distribuídos
diretamente às contas de estoques:
Débito: Estoques:
Produto
A.................... 170.000
Produto
B.................... 319.500
Produto
C.................... 220.500
$ 710.000
Crédito: Custos:
Matéria-prima
Consumida........ 350.000
Mão-de-obra
(Salário Fáb)...... 120.000
Depreciação
Fábrica............ 60.000
Seguros
Fábrica................ 10.000
Materiais
Diversos Fábrica..... 15.000
Energia Elétrica
Fábrica....... 85.000
Manutenção
Fábrica............. 70.000
$ 710.000
Neste exemplo, é
possível argumentar que lançamentos tão simplificados não fornecem uma boa
visão de como foi feita a distribuição dos custos. Entretanto, havendo um bom sistema
de arquivo, as melhores fontes dessas informações sobre distribuição serão sempre
os mapas, e não o diário e o razão da contabilidade.
b) CRITÉRIO
COMPLEXO - a forma mais complexa para contabilização dos custos seria
representada pelo detalhamento dos mapas de custos.
Débito:
Mão-de-obra direta....................
90.000
Mão-de-obra
indireta.................. 30.000
120.000
Credito:
Mão-de-obra(salário
fábrica)........ 120.000
Débito:
Energia elétrica
direta............... 45.000
Energia elétrica
indireta............. 40.000
85.000
Crédito:
Energia elétrica
fabrica............ 85.000
Débito: Estoques:
Produto
A............................75.000
Produto
B...........................135.000
Produto C
..........................140.000
350.000
Crédito: Matéria
prima consumida............350.000
Débito: Estoques:
Produto A............................22.000
Produto
B............................47.000
Produto
C............................21.000
90.000
Crédito:
Mão-de-obra direta..................90.000
Débito: Estoques:
Produto
A............................18.000
Produto
B............................20.000
Produto
C............................ 7.000
45.000
Crédito: Energia
elétrica direta.............45.000
Débito: Estoques:
Produto
A............................ 55.000
Produto
B........................... 17.500
Produto
C............................ 52.500
225.000
Crédito: Custos indiretos:
Mão-de-obra
indireta............... 30.000
Energia elétrica
indireta........... 40.000
Depreciação
fabrica................. 60.000
Seguros
fábrica..................... 10.000
Materiais
diversos.................. 15.000
Manutenção
fábrica.................. 70.000
225.000
4ª FASE - EXECUÇÃO
Após a montagem
do plano, no qual foram planejadas passo a passo as etapas do trabalho a ser
realizado, parte-se para a execução, momento onde será literalmente aplicado o
plano de ação ou seja, coloca-se em prática, com base nos objetivos propostos,
o sistema de custos.
A execução pode
ser entendida como a fase na qual se buscará aplicar o pensamento em relação a
contabilidade de custos elaborado de acordo com as necessidades, os objetivos e
os recursos da entidade.
Primeiramente
inicia-se a coleta das informações (conjunto de gastos e dados físicos/quantitativos),
que serão posteriormente classificadas/trabalhadas de acordo com o método proposto
(ABC, Absorção etc.). Na sequências parte-se para a fase de cálculos, podendo
ser manual ou informatizada, originando os diversos relatórios projetados
(custos diretos, custos departamentais, custos totais etc.). Com base nos relatórios
efetua-se a contabilização de tais dados, sendo que se o método for aceito pela
legislação não existe a necessidade de proceder ajustes, caso contrário deverão
ser
realizados.
Também com base nos relatórios gerados, a administração poderá formar seu preço
de venda (caso utilize o sistema de custos como base).
1. COLETA
2. APLICAÇÃO DO
MÉTODO (Sistema de custeamento)
3. CÁLCULO DO
CUSTO (geração de relatórios – custo total, unitário etc.)
4. TRANSFERÊNCIA
PARA ESTOQUES (contabilização)
5. FORMAÇÃO DO
PREÇO DE VENDA
5ª FASE - ANÁLISE / AVALIAÇÃO
Quando do
término dos trabalhos burocráticos (aplicação do plano de custos), os quais originaram
diversos relatórios, cabe ao profissional da área realizar a avaliação e
análise dos resultados, verificando se os resultados encontrados refletem a
realidade, se anular as necessidades da entidade e se atenderam aos objetivos
do sistema. Ponto de equilíbrio – criado por Henry Hess
6ª FASE – COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS
Concluídas todas
as fases dos processo de apuração/análise/avaliação do sistema de custo,
deve-se comunicar os resultados encontrados à administração, objetivando uma avaliação conjunta e global dos fatos
ocorridos e dos procedimentos adotados, buscando realimentar o sistema,
aprimorando-o constantemente.